segunda-feira, novembro 16, 2009

A CNE exclui 104 000 votos em resposta ao enchimento de urnas


Renamo ganha 2 assentos na AR

Mais de 104 000 votos foram excluidos pela Comissão Nacional de Eleições aparentemente de mesas de voto com uma afluência de quase 100%, e em resposta a relatos de enchimento de urnas. Em Tete, foram excluidos 85 693 votos, 16% do total. Destes, 74 555 foram para Armando Guebuza. A mudança em Tete é um reconhecimento extraordinário do enchimento de urnas. A afluência fica reduzida de 66% como fora anunciado pela Comissão Provincial de Eleições de Tete, para 55% anunciado pela CNE; um sexto de todos os votos de Tete foram deitados fora.
Inesperadamente, 18 394 votos foram excluidos do Niassa, isto é, 9% do total dos votos, dos quais 8344 foram para Guebuza. Curiosamente, 6196 boletins listados pela comissão provincial como votos em branco, deixaram de estar incluidos.

Renamo ganha na AR

A exclusão de urnas enchidas com votos no Niassa, deram à Renamo mais um assento na Assembleia da República, AR. No Niassa, o voto pela Frelimo foi reduzido em 11,130, 7% do total dos votos pela Frelimo. Este corte nos votos da Frelimo chegou para transferir um assento da Frelimo, na AR, para a Renamo.
Pequenas mudanças feitas nos resultados de Sofala aumentaram os votos para a Renamo em 1726 e reduziram os da Frelimo em 914. Isto não foi o suficiente para mudar a distribuição dos assentos. Mas a requalificação dos nulos deu 596 votos extra para a Frelimo e 526 para a Renamo, o que foi quanto bastou para dar à Renamo um assento extra em Sofala.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 39, 16 de Novembro de 2009

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