quarta-feira, novembro 04, 2009

Detenções e outras violações detalhadas pela Renamo

A Renamo citou exemplos concretos de má conduta na sua conferência de imprensa ontem em Maputo que consistiriam em:
● A Renamo diz que pelo menos em 10 mesas de voto foram detidos os delegados da Renamo e não foram autorizados a continuar. Isto ocorreu em Mopeia (3 mesas de voto), Jembesse, Lumbo, Ilha de Moçambique (2), Maringué sede (3), e Mamusse, Mossurize (2).
● Em Doa-Sinjal, Mutarara, Tete, os delegados da Renamo foram forçados a sair de três mesas de voto. Na Escola Secundária de Guijá, Gaza, foi recusada a entrada aos delegados em 4 mesas de voto.
● O membro da comissão eleitoral da Renamo de Sussundenga João Cussaia foi detido.
● Uso de tinta indelével para invalidar boletins da voto pela Renamo em 4 mesas de voto em Macuo, Mossurize.
● Enchimento de urnas na EP1 de Marambanjane, Chókuè; EPC Majangue; EP1 25 Setembro, Punguine, todas em Gaza, e em Machaze EP1 Tchetchene e Mavende EP1 Banguwango, ambos em Manica.
● Recusa de dar cópias dos editais aos delegados da Renamo no bairro 2, Chibuto, Gaza; Mamusse, Mussorize, Manica (2 mesas de voto), e Caia, Sofala.
● A polícia “invadiu” 5 mesas de voto em Maringue, Sofala.
A Renamo também menciona 7 mesas de voto na Zambézia que tinham o caderno eleitoral errado, dizendo que isto ocorreu em áreas onde tinha forte apoio e assim perdeu votos: Alto Molócuè (4 mesas de voto), Milange (1), Namacurra (2).
Finalmente a Renamo fala de enchimento generalizado de urnas e reclama que houve violação da lei e do novo código de conduta dos membros das mesas de voto quando os presidentes das mesas se recusaram a aceitar os protestos da Renamo. Mas não foram dados detalhes.
MDM não dá detalhes

O MDM também reclama fraude em algumas mesas de voto, mas até agora declinou dar mais detalhes.

Sabe-se porém que, em alguns locais, os delegados do MDM foram excluidos da contagem por aquilo que chamam um truque. Primeiro disseram-lhes que os votos para deputados seriam contados primeiro e que eles não podiam ficar porque não tinham concorrido para aquela eleição, e depois não voltaram a ser convidados a entrar quando estava a ser contado o voto presidencial.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 31, 4 de Novembro de 2009

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