sexta-feira, novembro 13, 2009

Diplomatas falam de problemas na Ilha de Moçambique

Problemas graves no dia das eleições na Ilha de Moçambique destacam-se numa declaração no conjunto anódina de uma missão de observadores, com 67 pessoas pertencentes a missões diplomáticas e agências de cooperaçção baseadas em Moçambique e coordenadas pelo PNUD.
A declaração completa aparece apenas em inglês e está postada no nosso website: www.elections2009.cip.org.mz. O documento não dá mais detalhes, mas a Ilha de Moçambique já teve grandes problemas nas eleições locais do ano passado. Os problemas deste ano são semelhantes embora até certo ponto menos graves.
Tal como em 2004 parece ter havido perturbações organizadas das filas e tentativas de desencorajar pessoas idosas de votarem – os eleitores mais velhos inclinam-se mais para apoiar a Renamo. Em algumas ocasiões os membros da assembleia de voto que controlavam as filas traziam os jovens e deixavam os velhos para trás, de pé por muito tempo; alguns desistiam e iam para casa.
Houve também uma grande presença de “observadores” do Forum Moçambicano de Observação Eleitoral (FOMOE), um grupo observador alinhado com a Frelimo. Houve 1435 national observadores registados em Nampula (40% do total de observadores nacionais) e a maioria eram FOMOE. Houve queixas não apenas na Ilha de Moçambique mas também em outros locais da provincia, sobre ”observadores” da FOMOE activamente envolvidos no processo de votação, como por exemplo a dar instruções aos presidentes das mesas de voto, a interferir na organização das filas e a escolher quem devia avançar para votar.
Também foi visto na Ilha de Moçambique enchimento de urnas e invalidação de votos, e houve vários relatos de presidentes de mesa de votação recusando-se a aceitar protestos oficiais da Renamo.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, número 37, 13 de Novembro de 2009

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