segunda-feira, março 29, 2010

Vigilantes expulsos por falar á imprensa

Marcos Ussene e Filipe Gabral, vigilantes da Global Segurança, empresa de segurança privada, sedeada na cidade de Nampula e com representações em Nacala-porto e Pemba, foram “desmontados” e expulsos na manhã da última sexta-feira, acusados de divulgarem à imprensa, segredos da empresa.
Os mencionados vigilantes, com cerca de meio ano de serviço, foram expulsos sem prévio aviso e sem qualquer processo disciplinar, depois de, alegadamente, terem sido “surpreendidos” a dialogar com o repórter deste jornal, com o propósito de exprimirem o seu sentimento, quanto as irregularidades que se vivem naquela empresa. Criada em Outubro do ano passado, a Global Segurança, conta com cerca de 80 trabalhadores ( apenas em Nampula), maior parte dos quais vigilantes que, conforme denunciaram ao nosso jornal, trabalham sem o mínimo de condições.
As nossas fontes dizem que trabalham, nalgumas situações 24 horas ao dia, sem rendição e, muitas vezes, “sem algo para morder”, para além de não possuírem equipamento de serviço. A este facto adiciona-se à falta de contratos de trabalho e a demora de salários de Janeiro, Fevereiro, incluindo o de Março que deveria entrar nas mãos dos trabalhadores na semana passada.
Os queixosos mostram-se, igualmente preocupados pelo facto de, alegadamente, os responsáveis daquela empresa não se mostrarem sensíveis em esclarecer as verdadeiras causas que estarão por detrás do atraso no pagamento de salários. Os nossos entrevistados, denunciam que é pratica daquela entidade expulsar trabalhadores sem justa causa e desde que a empresa abriu as portas já mandou embora pelos menos 10 trabalhadores. Entretanto, a entidade patronal, na pessoa do respectivo comandante-geral, identificado apenas por Basílio escusou-se a prestar qualquer informação.
O director da empresa, um cidadão de origem asiática, também não quis reagir, quando o interpelamos à volta deste assunto.

Fonte: Wamphula Fax in @ VERDADE - 29.03.2010

Reflectindo: com certeza que o Ministério do Trabalho vai agir e não só, pois nisto cheira a violação do direito constitucional do cidadão, nomeadamente o de liberdade de expressão.

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