quinta-feira, março 10, 2011

Líbia: MNE Luís Amado transmitiu a emissário mensagem clara

Bruxelas - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, revelou hoje (quinta-feira) em Bruxelas ter transmitido ao emissário do governo líbio com quem se encontrou na véspera em Lisboa a mensagem "clara" de que "o governo de Kadhafi acabou".

À chegada a uma reunião de chefes de diplomacia da União Europeia sobre a situação na Líbia, o chefe de diplomacia português disse ainda que, além do encontro "informal" mantido com o emissário de Muammar Kadhafi, também falou com a oposição líbia.

"Falei com um emissário de Tripoli e falei com a oposição líbia. Falou-se do que se soube, que foi do meu encontro em Lisboa, a seu pedido, com um enviado de Tripoli, mas falei também com a oposição líbia", esclareceu.

Quanto ao encontro com o emissário de Kadhafi, cuja identidade não revelou, disse ter-se tratado de "uma conversa informal, num hotel", com uma pessoa que conhece "há alguns anos", e, não havendo uma mensagem formal da parte de Tripoli, apenas divulga sobre o conteúdo da conversa a mensagem "clara" que transmitiu ao emissário.

"Tive a oportunidade de transmitir ao emissário líbio que, do ponto de vista da comunidade internacional, o regime de Kadhafi acabou, perdeu a sua legitimidade, e que é preciso que em Tripoli se comece a pensar num cessar-fogo e no início de um diálogo nacional para que o país possa ser preservado na sua unidade e para que o povo líbio possa ser poupado a mais esforços", declarou.

Amado reforçou que "é fundamental que quem está em Tripoli entenda que é necessário criar condições para um cessar-fogo, para o início de um diálogo nacional e que o mais rapidamente possível estabeleça as condições de paz e segurança no país".

Luís Amado irá dar conta dos contactos estabelecidos aos seus parceiros europeus na reunião de chefes de diplomacia da UE que teve início hoje (quinta-feira) em Bruxelas, preparatória da cimeira extraordinária de líderes europeus de sexta-feira, dedicada à situação no norte de África e em particular na Líbia.

Fonte: Angola press - 10.03.2011

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