sexta-feira, maio 06, 2011

"Classe média" africana já são 300 milhões de pessoas

O Banco de Desenvolvimento Africano anunciou que a classe média no continente está a aumentar e que abrange agora cerca de 300 milhões de pessoas.
O estudo agora divulgado pelo Banco de Desenvolvimento Africano conclui que cerca de um terço dos 900 milhões de africanos podem ser incluídos na classificação de classe média.

O Banco inclui contudo nesse grupo cerca de 191 milhões de pessoas consideradas como um grupo flutuante e que têm rendimentos entre 2 a 4 dólares diários.

De acordo com o vice-presidente daquela instituição financeira, Mthuli Ncube, esse grupo é instável e vulnerável a um regresso à pobreza: “ existe contudo um grupo, definido como a classe média baixa, que dispõe de 2 a 4 dólares por dia. Esse grupo é vulnerável a convulsões.”
Tunísia, Gabão e Botswana têm as maiores classes médias enquanto a Libéria, Moçambique e Ruanda têm as menores.

A classe média africana propriamente dita é composta de 123 milhões de pessoas que gastam entre 4 a 20 dólares por dia e que são economicamente estáveis.

Segundo Ncube esse grupo é o motor do crescimento económico futuro no continente africano: “ a classe média é não só uma fonte de dinamismo económico como também uma fonte de empreendimentos e é portanto uma fonte de crescimento económico sustentável.”

Aquele responsável do Banco de Desenvolvimento Africano deu como exemplo o caso do Gana , país onde desde 2006 o número de proprietários de automóveis e motocicletas aumentou 81%.

Ncube referiu ainda que a classe média fez aumentar o rendimento per capita africano e que as pessoas daquele escalão económico constituem a maioria dos proprietários de automóveis e de habitações em África.

Para além disso são consumidores das novas tecnologias da comunicação tais como a Internet e os telemóveis e muitos deles mandam os seus filhos estudarem no estrangeiro especialmente na África do Sul, Estados Unidos e Europa.

Neste momento a Tunísia, o Gabão e o Botswana têm as maiores classes médias enquanto a Libéria, Moçambique e Ruanda têm as menores.

Fonte: Voz da América - 06.05.2011

Reflectindo: aqui também estamos na cauda. Que podemos concluir sobre o enriquecimento ilícito, exclusão e democracia? Porque considero importante este estudo, confesso aos leitores do Reflectindo que estou o procurando e prometo publicá-lo quando eu o tiver encontrado. 

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