sexta-feira, junho 24, 2011

Os lambe botas

Por Paulo Vila Maior

A quintessência da mediocridade. Lambem botas porque se as não lambessem da cepa torta não saíam. Vasculham as catedrais por onde os figurões se fazem notar, cheios de poder. Farejam os lugares onde posam suas excelências, só para lhes lamber as botas, lamber o chão onde essas botas hão-de pisar, se necessário for. A certa altura, desaprendem a dignidade.

São os meirinhos de uma fastidiosa maneira de ser, desmultiplicando-se em genuflexões que apascentam a estatura dos elogiados. São os engenheiros do culto de personalidade dos figurões, dos que adoram ver-se embrulhados nos tratos de polé dispensados pelo numeroso séquito que lhe lambe as botas. Eles agora levitam numa sublime padiola onde não lhes é dado a saborear o amargo travo do cansaço, reservado aos lacaios que os reverenciam. Os agora poderosos entregues ao seu próprio culto de personalidade. Foram, em tempos, soldados de exército numeroso que lambera as botas a um qualquer general. Agora chegara a sua vez de ver lambidas as botas. ler mais (o texto completo) no blog de Paulo Vila Maior.

Imagem retirada daqui,

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