sábado, janeiro 28, 2012

Violentas manifestações contra validação de candidatura de Presidente senegalês

Dakar, Senegal (PANA) - Manifestações populares violentas foram registadas em várias cidades do Senegal, sexta-feira à noite, após a validação pelo Conselho Constitucional da candidatura controversa do Presidente Abdoulaye Wade, de 86 anos, às eleições presidenciais de 26 de fevereiro próximo, constatou a PANA.

Em Dakar, a capital senegalesa, em Kaolack (centro), em Mbour, em Matam e em Ourossogui (leste), bem como em outras cidades, jovens saíram à rua para incendiar pneus e erguer barreiras ou saquear em protesto contra a validação da candidatura de Wade.

Bancos, a sede da Organização para a Valorização do Rio Senegal (OMVS), bem como outros edifícios públicos foram sequeados em Dakar, enquanto em Kaolack a agência da Rádio Televisão Senegalesa (RTS) foi alvo da fúria dos manifestantes.

As forças da ordem intervieram durante as manifestações nestas cidades, tendo lançado granadas lacrimogéneas.

O Conselho Constitucional validou 14 candidaturas, nomeadamente as do Presidente cessante, Abdoulaye Wade, dos ex-primeiros-ministros Macky Sall, Idrissa Seck e Moustapha Niasse, do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, do presidente da Câmara de Saint-Louis (norte), Cheikh Bamba Dièye, do advogado Doudou Ndoye, do líder do Partido Socialista (PS), Ousmane Tanor Dieng, da estilista Diouma Dieng Diakhaté, da docente universitária Amsatou Sow Sidibé, bem como de Mor Dieng, Djibril Ngom, Ibrahima Fall e Oumar Khassimou Dia.

No entanto, as candidaturas do cantor Youssou Ndour, do empresário Kéba Keinde e de Abdourahmane Sarr foram rejeitadas pelo Conselho Constitucional.

A candidatura de Wade às eleições de 26 de fevereiro de 2012 é contestada pela oposição e pela sociedade civil, alegando que o Presidente senegalês, eleito em 2000 e reeleito em 2007, já cumpriu os dois mandatos autorizados pela Constituição.

No entanto, a Constituição senegalesa foi reformada em 2001 após a chegada ao poder de Wade e o Presidente senegalês alega que nos termos da nova Lei Magna ele pode candidatar-se para um outro mandato.

Fonte: Pana press - 28.01.2012

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