sábado, abril 21, 2012

Opinião de Palmeirim Chongo sobre a governação de Armando Guebuza

Por Palmeirim Chongo

Hoje estará em Quelimane o Chefe do Estado, Sua Excia Armando Emilio Guebuza para de outras actividades, proceder a inauguração da estatua de Samora Machel.

Eu respeito muito a FIGURA do presidente da República de Moçambique, esta é uma guarda-chuva que nos cobre ou devia cobrir a TODOS, mas eu não tiro chapeu ao senhor Armando Emilio Guebuza.
Pela minha leitura, foi/é durante o(s) mandato(s) deste senhor que:
• assistimos o crescimento galopante do fosso entre os ricos e pobres, como muitos dos primeiros não podendo explicar donde vem tanta riqueza;
• o cimentar da exclusão, com todas as oportunidades a irem para os mesmos e outros ficando com nada;
• a solidificação da percepção de que ser militante da FRELIMO é mais importante que ser moçambicano;
• A institualização da impunidade perante a grande corrupção virou uma realidade;
• Foi nos ensinado que diferentemente de outros paises onde as eleições são momentos com alguma tensão, discussão mas sobretudo festa, aqui na costa do Indico são dias de terror e intimidação, em que o escrutinio é “fiscalizado” pela policia anti-motim munida com arsenal de guerra;
• o desprezo do estudo, da inteligência, do trabalho arduo e da honestidade, a favor da esperteza, da trafulhice e do cortar de etapas na vida, onde associar-se a FRELIMO é a principal etapa para ser bem sucedido;
• a verticalidade, a critica honesta e a opinião fundamentada vergam envergonhados e enxovalhados pelo lambebotismo, o graxismo, puxa saquismo e o escovismo;
• A institualização da impunidade perante a grande corrupção;
Graças a esta minha percepção, muito pessoal, e reunindo eu todas as qualidades de um apostolo da desgraça, um bota baixo, um tagarela, um desgraçado, um detractor, um intriguista, um preguiçoso, um marginal, um irritado, um apaixonado pelas "fábricas de sonhos inalcançáveis”... não participarei do cerimonial de recepção do meu Presidente no aeroporto de Quelimane, manter-me-ei também a margem do evento da inauguração da estatua do Marechal...Nessa altura estarei na marginal com o Teo e Junior, onde entre a passagem de um barco e outro, de e para Inhansuge, tentarei incuntir aos meus “putos”, o amor por Moçambique, o respeito que se deve ter pela opinião diferente e mesmo contraria, o valor do estudo e do trabalho arduo e honesto. Da minha boca saberão que que existiu Samora, Mondlane, Josina... mas também Uria, Celina, Craveirinha... e que temos muitos herois vivos e mortos e que não estiveram na tal de “vaca sagrada” chamada de luta armada de libertação...

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente. O sr.e muito realista e inteligente. Vivo ca na Alemanha federal e se eu vir de ferias vou te procurar para conhecer te pessoalmente. Gostei,gostei, muito do seu bloco. Parabens. Esse tipo de intelectuais queremos em moz.

Reflectindo disse...

Caro anónimo, não entendi. Fala do autor do artigo?