quarta-feira, setembro 19, 2012

As provocações às vítimas de M’telela


Muitos moçambicanos e não menos os que não eram crianças na altura da independência, sabem da insustentabilidade do que se evocou ao criarem-se centros de prisioneiros políticos como M’telela para os considerados reaccionários. Aos que se formavam nos centros de formação de professores se inculcava que Simango foi isto, Gwengere foi aquilo, Joana Simeão aquilo. Hoje, aquelas razões que evocaram são insustetáveis por razões óbvias. Afinal, os ditos “reaccionários” parece que eram os sonhadores.

Se sonhavam numa sociedade multipartidária, num sufrágio universal, hoje é o que vivemos ou pelo menos simulamos e não o comunismo dos “revolucionários” o qual até na URSS ou RDA por onde foram buscado já foi esquecido; Imaginemos se as coisas em Moçambique fossem feitas como em Namíbia;
Se os ditos reaccionários sonhavam numa economia de mercado livre, hoje é o que pretendemos ser, só que os “revolucionários” ultrapassaram isso, e estão no estado do capitalismo selvagem, próprio do feudalismo...
Qual é o objectivo do discurso actual de ódio, como o lugar do traidor é na cova? Só quem não acompanhou este tipo de discurso desde 2009 proferido pelo chefe da propaganda Edson Macuácua, ou aquele discurso do Presidente da Frelimo a dizer que a história do partido deles estava sendo atacada, é capaz de não saber interpretar isto. É que se os familiares das vítimas de M’telela recorrerem à justiça internacional como o filho de Zitha fez, eles lançarão uma campanha de propaganda, acusando os outros de quererem o poder para ódio, vingança. Portanto, trata-se de simples provocação. 

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