quinta-feira, março 28, 2013

Trabalhadores da Ómega continuam sem salários há 47 meses

Pedem intervenção do governo da Zambézia para solução do problema.

Os 237 trabalhadores da Ómega segurança, na Zambézia, continuam a viver um autêntico calvário, pelo facto de até ao momento ainda não terem visto o seu problema salarial resolvido.  Já lá vão 47 meses sem salário, isto é, o seu último salário foi em Maio de 2009. Neste momento, os trabalhadores estão a “Deus dará”.


Dos 237 trabalhadores da Ómega segurança afectos aos postos da província da Zambézia, 164 encontram-se na cidade de Quelimane, 39 no distrito de Mocuba, 14 em Gúruè, 10 em Alto-Molócuè, oito na localidade de Chimuara, no distrito de Mopeia, e dois em Milange, distrito transfronteiriço com o Malawi.

O caso é do conhecimento do presidente da República, Armando Guebuza, uma vez que foi apresentado aquando da sua governação aberta naquela parcela do país. Igualmente, a ministra do trabalho, Maria Helena Taipo, conhece o problema. E, recentemente, garantiu ao “O País” em Quelimane que daria resposta ao problema, o que ainda não aconteceu.

Os trabalhadores da Ómega segurança, desesperados, enviaram no dia 18 de Junho de 2011 um “dossier” à presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que, por sua vez, entregou-o à comissão de petição, no sentido de ver solucionado o assunto. Todavia, ainda não há resposta.

“Desde que metemos os documentos às instâncias superiores, ninguém veio até a nós para dar qualquer resposta. aguardámos para que a Assembleia da República nos ouvisse em volta do caso, mas nada feito”, disse Virgílio Sementinela, membro da entidade sindical dos trabalhadores da Ómega na Zambézia.

Face à situação, aqueles trabalhadores tomaram um novo posicionamento: todas as quartas-feiras marcham pelas artérias da cidade de Quelimane como forma de pressionar o governo no sentido de solucionar o problema.

Ontem, quarta-feira, os 237 trabalhadores marcharam e fizeram o troço jardim da sagrada, passando pelo comando provincial da PRM, Direcção provincial do trabalho, Instituto de Patrocínio de Assistência Jurídica (IPAJ), em  Quelimane.

Fonte: O País online - 28.03.2013

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