quinta-feira, julho 04, 2013

Personalidades saúdam abertura para o diálogo

Sheik Abdul Carimo
Presidente da CNE
O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Sheik Abdul Carimo, saudou o líder da Renamo pela abertura manifestada para se encontrar em Maputo com o Presidente da República, Armando Guebuza.
Para o Sheik Abdul Carimo, as condições colocadas pelo líder da Renamo para se deslocar à capital do país não são importantes e que as mesmas poderiam ser resolvidas pelo diálogo.
Abdul Carimo enaltece, no entanto, o facto das duas lideranças estarem disponíveis para dialogar. Na opinião de Abdul Carimo, o encontro entre Guebuza e Dhlakama poderá ajudar a desanuviar o ambiente de tensão que o país vive nos últimos dias.
Filipe Couto
Académico
O padre Filipe Couto manifestou a sua satisfação com o facto do líder da Renamo ter manifestado em viva voz a sua disponibilidade em dialogar com o Presidente da República, Armando Guebuza.
Para Filipe Couto, as garantias exigidas pelo líder da Renamo como pré-condição para se deslocar à capital do país são ultrapassáveis.
Por outro lado, entende Filipe Couto que o país  continua em paz e não está em guerra e saúda o facto do Presidente da República, Armando Guebuza, ter vindo no dia 25 de Junho do ano em curso sossegar os moçambicanos nessa matéria. No que tange às colocações da Renamo em sede das negociações com o Governo, Filipe Couto disse que as mesmas faziam sentido da mesma forma que as colocações do Governo também fazem sentido. Couto deixou uma mensagem de confiança e disse acreditar que a paz continuará a ser vivida no país.
João Pereira
Académico
O académico João Pereira entende que as reservas apontadas por Dhlakama em se deslocar a Maputo sem garantias prévias de que não seria alvo de um ataque eram previsíveis.
“O presidente Dhlakama é uma pessoa que vem de um processo de socialização militar e, por outro lado, sendo um líder que conhece bem as questões militares, bem como a forma como se desdobram as forças no terreno, entende que poderia comprometer a sua segurança e de vários interesses, incluindo a própria segurança dos seus homens que estão no terreno. Seria difícil Dhlakama aceitar vir a Maputo porque um dos cenários que ele coloca tem a ver com o facto de pode se dar o caso de ele vir a Maputo e na sua retaguarda ser atacado pelas forças governamentais, incluindo as suas posições. Por outro lado, há que notar o cenário em que a sua ausência pode deixar um vazio de comando naquela zona de Gorongosa e desencadear-se uma situação de conflito”, disse o académico.

Fonte: O País online - 04.07.2013

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