domingo, julho 28, 2013

Ulónguè, Mandlakazi e Marrupa para lá dos 200%

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) divulgou, ontem, os números preliminares do recenseamento eleitoral em todos os 53 municípios que deverão acolher às eleições autárquicas de Novembro próximo.


Os dados indicam que o STAE conseguiu inscrever, em todo o país, 3.058.386 cidadãos, dos 3.598.003 potenciais eleitores, o correspondente a 85 por cento das metas inicialmente previstas.

Das 53 autarquias, 24 conseguiram atingir a meta prevista e nove das 10 novas recensearam mais de 100 por cento dos eleitores esperados.

Em termos globais, a província de Tete é a única que conseguiu ultrapassar a meta, tendo-se fixado em 120.34 por cento, sendo que Manica se ficou nos  99.73 por cento.

Zambézia foi a que menos recenseou: apenas 64 por cento dos potenciais eleitores foram registados, com Gurúè (caso super crítico) a atingir somente 40 por cento; Alto Molócuè, 51; e Mocuba, 53.

A província do Niassa é igualmente uma das últimas da tabela com apenas 79.87 por cento, seguida de Nampula com 80.

As restantes províncias situaram-se entre 81 e 95 por cento.

MUNICÍPIOS COM 200 POR CENTO

Curioso ou não, o facto é que alguns municípios do país recensearam mais de 200 por cento das suas metas.

Trata-se do Município de Ulónguè, na província de Tete, com 247 por cento; o de Mandlakazi, em Gaza, que atingiu 204 por cento; bem como a autarquia de Marrupa (Niassa), que inscreveu 200 por cento.

Para além destes, todos os novos municípios atingiram números recordes ao aproximar ao dobro das suas metas iniciais.

A autarquia de Quissico, por exemplo, conseguiu atingir 191.20 por cento dos cidadãos previstos.

Igualmente, os municípios da Maganja da Costa, na província da Zambézia, e de Nhamayabue (Tete) inscreveram, durante o recenseamento, 161 por cento dos potenciais eleitores.

Já Malema se fixou pouco acima dos 141 por cento.

QUE LEITURAS?

Estes números voltam a abrir o debate à volta da delimitação dos territórios municipais, sobretudo nas 10 novas autarquias. É que, durante todo o processo, foi muito comum cidadãos residentes num distrito, transformado em município, reclamarem postos de recenseamento apesar de não residirem no território autárquico.

Muitos destes saíram de seus bairros para se recensear, mas só os azarados (muito poucos) foram detectados e impedidos de se inscrever.

Fonte: O País online - 29.07.2013

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