sexta-feira, setembro 20, 2013

Abdul Carimo diz que investigação “não funciona” no país

Combate à corrupção

O director da Unidade Técnica da Reforma Legal (UTREL), Ab­dul Carimo, disse, em Nampu­la, que a investigação contra a corrupção não funciona em Moçambique e que “a pior coisa que existe é impunidade”.

Disse ainda que os esforços tendentes à eliminação de actos de corrupção continuam de­pendentes da melhoria do siste­ma judicial e da vontade política no país.

Abdul Carimo fez este pro­nunciamento, em Nampula, du­rante uma palestra subordinada ao tema “A Lei da Probidade Pública e a construção de um sistema nacional da integrida­de”, organizada pela universida­de Mussa Bin Bique, instituição privada de ensino superior, com sede naquela província.

De acordo com a fonte, o país ainda carece de um sistema na­cional de integridade mais ac­tuante e que reage, em tempo oportuno, ao fenómeno da cor­rupção, facto que, no seu enten­der, contribui para o aumento do índices de corrupção no país.

Apesar dos vários instrumen­tos legais, a fonte aponta sete principais pilares que devem nortear o combate ao fenómeno em Moçambique. Alguns destes sete pilares têm que ver com a cultura de prestação de contas e a redução do monopólio e a transparência, factores primor­diais que os moçambicanos, e de forma particular, os funcio­nários públicos, necessitam ain­da de cultivar.

Autor de muitos livros sobre direito e testemunho directo pela revisão de vários códigos e outros instrumentos vigentes no país, Abdul Carimo Issá reitera que é preciso eliminar as opor­tunidades de corrupção, para que ela não crie um ciclo vicioso de corruptos e corruptores. Se­gundo explicou o palestrante, a corrupção é uma prática que as­sola todo o mundo, mas a forma como cada um dos países age contra este flagelo é que marca a diferença.

Fonte: O País online - 20.09.2013

1 comentário:

paulo caetano disse...

Os k podiam punir os corruptos tambem sao corruptos! E todos se conhecem uma chamda telefonica neste pais anula uma denuncia!