quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Mais de 22 mil bebés não resistem ao primeiro dia

Mortalidade infantil

Quase 500 mães moçambicanas não sobrevivem ao parto por falta de assistência qualificade.
Cerca de 23 mil bebés morrem todos os anos, em Moçambique, duran­te o parto ou no primeiro dia de vida. A informação consta do relatório “Acabar com a mor­te de recém-nascidos e garantir a sobrevivência de todos os be­bés”, publicado ontem pela or­ganização não governamental “Save the Children”.
O relatório revela, ainda, que cerca de 40 milhões de mulhe­res no mundo dão à luz sem ne­nhuma assistência de parteira ou de pessoal de saúde equipa­do e capacitado, facto que ele­va, muito, o índice de mortali­dade infantil. E das mães. No caso de Moçambique, em cada mil mulheres, 490 morrem a dar à luz.
A directora de Desenvolvi­mento e Programa de Quali­dade da “Save the Children” considera um crime que muitos recém-nascidos morram por falta de assistência do pessoal de saúde. “É um crime. Mui­tas destas mortes poderiam ser simplesmente evitadas, se hou­vesse alguém por perto para se certificar de que o nascimento ocorreu em segurança e o que fazer numa situação de crise”, salientou Lesley Holst.
Os dados avançados no do­cumento indicam que, só em Moçambique, cerca de 22 722 recém-nascidos morrem anual­mente, dos quais 10 mil duran­te o parto e 12 722 no primeiro dia de vida, o que estabelece o “macabro” rácio de 30 mortes por cada mil recém-nascidos.

Fonte: O País online - 26.02.2014

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