segunda-feira, outubro 06, 2014

Dois homens MDM libertos em Nampula; julgamento adiado

O julgamento dos sete membros do MDM em Nampula, relativo aos incidentes de 25 de setembro foi adiado para próxima sexta-feira (11). O julgamento que deveria ter iniciado hoje, na segunda seção do tribunal da cidade de Nampula, envolve sete membros do MDM, dois dos quais encontravam-se detidos, mas foram hoje libertos.

Apos o adiamento do julgamento, o juiz teria ordenado os 2 detidos do MDM fossem encaminhados, para um juiz de instrução criminal, de modo a regularizar a sua detenção. Mas chegados lá este tratou de os libertar, alegando que haviam sido detidos ilegalmente.


Consta ainda, que aquando da chegada ao tribunal da Cidade de Nampula, a polícia não trazia um dos detentos do MDM, de nome Francisco Adriano, o que obrigou o juiz e o procurador a deslocarem-se para comando provincial, e só depois de uma reunião de mais de uma hora é que polícia concordou em levar Francisco Adriano ao tribunal.  

Refira-se, que desde a sua detenção no dia 26 de Setembro, Francisco Adriano, não era autorizado a falar com o seu advogado. Por isso, o julgamento desta segunda-feira foi adiado para sexta-feira.

Enquanto isso, fontes do MDM acusam a Polícia de Investigação Criminal (PIC) de uma campanha de perseguição dirigida indirectamente, a Mahamudo Amurane, do MDM e Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula eleito em dezembro de 2013. Na semana passada, a PIC convocou membros do MDM para interrogatórios, incluindo um candidato do MDM para o parlamento, Fernando Bismarque, e o representante e o secretário de mobilização na cidade de Nampula.

Uma pessoa que se encontra internada e a recuperar dos actos de violência eleitoral, foi interrogada em pleno hospital e sem a presença de um advogado. Nos interrogatórios, a polícia procura saber quem ordenou os jovens do MDM a interromper a cerimônia do dia 25 de setembro, com a simulação de um caixão do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi. Segundo fontes do MDM, a PIC está tentar colocar a culpa em Amurane.

O MDM, diz ainda que está preocupado com as informações que a polícia deu à imprensa no dia 25 de setembro, que davam conta da detenção de três membros do MDM, mas tendo-se recusado de identificar dois deles. Segundo as fontes do MDM, não se sabe quem são, e se ainda continuam detidos.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 51 - 6 de Outubro de 2014

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