segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Polícia deteve homem suspeito de envenenar bebida que intoxicou 43 pessoas

A polícia deteve um homem suspeito de envenenar uma bebida tradicional chamada maheu, feita à base de farinha de milho e açúcar, que provocou intoxicação em 43 pessoas em Manica, centro, disse hoje à Lusa fonte policial.
“Foi detido no sábado um homem, proprietário da bebida que causou intoxicação a 43 pessoas em Macate, mas as investigações continuam, sobretudo para cruzar os resultados laboratoriais e identificar a substância usada”, explicou Belmiro Mutadiua, porta-voz do Comando da Polícia de Manica.

Pelo menos 43 pessoas ficaram com uma “ligeira intoxicação” depois de terem consumido a bebida, no distrito de Macate, na província central de Manica, tendo a maioria das vítimas recorrido a raízes medicinais tradicionais para combater a intoxicação.
As vítimas, de acordo com as autoridades locais, começaram a manifestar sintomas de fraqueza, acompanhados de dores fortes de cabeça, diarreias e vómitos, após terem consumido a bebida.
Este incidente sucedeu-se a um outro envenenamento similar ocorrido em meados de Janeiro que provocou 79 mortos em Chitima e dezenas de internamentos devido à ingestão de phombe, uma bebida alcoólica tradicional de fabrico caseiro à base de mapira, farelo de milho e açúcar, e que levou as autoridades a decretarem três dias de luto nacional.
Os resultados do laboratório criminalista da polícia, disse Belmiro Mutadiua, apontam para a introdução na bebida de uma substância química tóxica (Carbeto de Cálcio), mas este resultado deverá ser cruzado com uma outra análise clínica que a está a ser conduzida por peritos de saúde no Hospital Provincial de Chimoio (HPC).
“Uma equipa de investigação da polícia continua o trabalho, mas uma segunda análise laboratorial das substâncias encontradas deverá concluir se houve ou não envenenamento”, declarou Belmiro Mutadiua, que não afasta a hipótese de o recipiente onde foi confeccionada a bebida não ter sido limpo adequadamente e conter produtos químicos tóxicos.

Fonte: LUSA – 02.02.2015

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