quarta-feira, abril 20, 2016

Graça Machel sugere que deve haver um esclarecimento rápido da divida que o Governo contraiu

A situação da dívida contraída pelo país, nos últimos tempos, continua a ser o centro de acesos debates sobre a economia nacional. Sem querer se excluir desse debate que questiona o futuro do país, Graça Machel interveio hoje a defender que deve haver um esclarecimento rápido da divida que governo moçambicano contraiu. Para Machel, é urgente que o Governo esclareça a totalidade da divida e em que circunstancias foi contraída, pois, caso contrário, a imagem do país vai desmoronar.
“Neste momento ainda não sabemos qual é a totalidade da dívida que temos. Penso que o primeiro passo é conhecermos o volume da dívida e em que condições foi feita, para que se saiba como lidar com a mesma. O que é preocupante é que o país deixou de ser uma referência, e agora as notícias dizem que Moçambique é dos piores exemplos que se podem encontrar em matérias de contrair e gerir a dívida”, frisou a patrona da FDC.

Ainda na sua intervenção, Graça Machel não deixou de se referir às viagens do executivo moçambicano a Washington e a Europa. Na sua opinião, quer o Presidente da República quer o Primeiro-Ministro devem trazer do estrangeiro respostas ao problema que afecta a todos os moçambicanos.
“O Primeiro-Ministro está em Washington com uma equipa muito forte. O Chefe de Estado está na Europa e vai esclarecer estas coisas… penso que estamos todos a trabalhar. Em vez de apontarmos o dedo uns aos outros, temos que olhar para a produção interna, particularmente a produção de alimentos. Penso que esta é a primeira prioridade. Vai-se tratar da dívida, mas temos de produzir. Sem isso, entraremos numa crise ainda maior.”  
Graça Machel falava hoje em Maputo à margem da Reunião Regional do Fundo Global, um evento que junta profissionais e organizações de vários países que lidam com o sector da saúde. 

Fonte: O País – 20.04.2016

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que a Graça já se rendeu aos factos. Perante um problema desta dimensão foi notória a tentativa de passar paninhos quentes na questão. Uph! Estamos mal.

Vicente Nguiliche