quarta-feira, maio 03, 2017

O MDM solicita inquérito aos incidentes do 1.º de Maio em Maputo

A luta contra a inscrição das dívidas da MAM e ProIndicus levou o MDM a estar em peso nas celebrações do Dia Internacional do Trabalhador, na Cidade de Maputo. O partido e a respectiva bancada receberam convites da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos - Central Sindical e queriam aproveitar a efeméride para marchar contra a “legalização das dívidas criminosas”. Mas a iniciativa teve momentos de tensão, justamente quando a Polícia impediu que os membros e deputados do MDM prosseguissem com a caminhada.
Na sequência do incidente, o partido submeteu, ainda ontem, uma exposição ao ministro do Interior, na qual solicita um inquérito para se apurar a responsabilidade dos agentes que inviabilizaram a marcha. “Enviámos a carta com o conhecimento do Presidente da República, da presidente da Assembleia da República e da Procuradoria-Geral da República. Fizemos com o conhecimento da PGR, porque, nos próximos dias, vamos intentar uma acção criminal contra os agentes responsáveis por este crime, para que possam correr em simultâneo dois processos, nomeadamente, um criminal e outro disciplinar”, disse Venâncio Mondlane.
MDM diz que seguiu instruções da OTM
O MDM diz que a confusão que se gerou, segunda-feira, se deveu à falta de comunicação e coordenação entre os organizadores da cerimónia (OTM Central Sindical) e a Polícia. “Quando chegámos, fomos convidados pela OTM-Central Sindical a não começar o desfile na esquina entre as avenidas Samora Machel e 25 de Setembro. Disseram-nos que os partidos políticos tinham uma área específica para iniciar a marcha, nomeadamente, a esquina entre as avenidas Guerra Popular e 25 de Setembro. Nós obedecemos às instruções dos organizadores e saímos da avenida Samora Machel, seguimos pela Zedequias Manganhela em direcção ao local indicado. Neste trajecto, a Polícia barra-nos a marcha, na esquina entre as avenidas Zedequias Manganhela e Filipe Samuel Magaia”, detalhou Venâncio Mondlane.

Fonte: O País – 03.05.2017

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